segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Protesto!

Manisfestação estudantil contra a rede de corrupção formada atrás do Novo Exame do Ensino Médio,o ENEM.Leiam a carta e se concordarem com as idéias defendidas,divulguem para que o protesto ganhe forças!
Bruno Guariento Barbosa Braga

http://www.cartaprotesto.wordpress.com

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Fim dos tempos

Hoje, vivemos em um mundo onde todos gostam dizer que estamos no topo da evolução da inteligência humana.
Considero o topo da inteligência humana, o momento em que o homem vai parar de olhar para os objetos e começar a olhar para si mesmo.
Sofremos um processo muito longo onde todos os fatos contribuíram para estarmos desse jeito. Desde a Revolução Gloriosa na Inglaterra, onde se deu inicio ao modelo chamado Liberal, o homem esqueceu seus princípios e começou a preocupar-se com o sucesso perante a sociedade.
O sucesso tão almejado pelas pessoas, só pode ser alcançado a partir da derrota do outro. Nunca teremos um sucesso ”geral”, pois vivemos em um mundo selvagem, em um mundo de competições. Nesse mundo, só os melhores vencem, os mais fortes; e os outros que por algum motivo não conseguiram adquirir a força exigida para tal competição, estão fardados a segurarem o sistema em suas costas. Limpando o lixo deixado por aqueles que venceram. Muitas vezes os “perdedores” são descartados, como se não fossem necessários. Pois são necessários. A necessidade da desigualdade é o que gere o mundo. E não adianta pensarmos que estamos melhorando, pois não estamos. Enquanto aprovamos pacotes de trilhões de dólares para salvar o jantar de quem já esta com a barriga cheia, somos incapazes de ceder algumas dúzias de milhões para salvar o jantar de quem nunca teve uma refeição decente na vida.
Diante de uma situação controversa como essa; ainda temos que lidar com uma coisa chamada corrupção, e não a dos políticos, estes já estamos cansados de saber; mas a corrupção da sociedade perante aos problemas apresentados. Sempre sonhamos com vidas melhores, e quando recebemos esmolas daqueles que nos dominam, nos damos por satisfeitos. É puramente um jogo de fantoches, mas os fantoches somos nós, e os jogadores são aqueles que representam a minoria dominadora do sistema. Fantoches não têm vida própria, muito menos vontade própria. Fazemos o que somos incumbidos de fazer, damos continuidade ao nosso papel, sempre inquietos, mas incapazes de sairmos dessa situação; assim como os fantoches.
Desse modo o mundo anoitece, amanhece, e envelhece. E a ganância humana coloca em risco o que há de mais belo na vida: as relações. Somos massacrados pela responsabilidade de ser um vencedor. Esquecendo da responsabilidade social, da preocupação mútua. Devemos mudar enquanto ainda há um pensamento que não seja individualista, mas o tempo esta acabando.

Bruno Guariento Barbosa Braga.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Pseudomoralizaçao

Há alguns meses que por um mero acaso me deparei com um pensamento diferente. Diferente daquele que por toda minha vida me foi imposto e enfiado e socado e credulamente absorvido pelo meu saber virgem de crítica. Toda aquela educação mesquinha de se autoinferiorizar e idolatrar o perdedor, a humildade exorbitante, que hoje dói aos meus sentidos como um alfinetar na espinha, “bonito aquele que sofre pelo outro”, “que leva um murro e da um beijo”, elogiar a si mesmo: um pecado capital ! Pecado é o caralho.!! Essa mesquinhez que me deparei a questionar foi contemplada por um grande filósofo, Nietzsche, Friedrich Wilhelm Nietsche, ateu, aplicou o título de religiões decadentes ao Budismo e Cristianismo por aspirarem o nada ou o pouco como virtude, não vejo melhor colocação.

Nas ditas desse filósofo encontrei fundamento e apoio ao meu ceticismo com essa pseudomoralização que nos faz crer em uma fictícia racionalidade pura, que vai contra o instinto real humano de competição e superação, incluo até mesmo um certo narcisismo, que por mais que neguemos nesta fissura, é, ou deveria ser, parte integrante de cada um de nós, qualidades que nos sobrepuseram, na seletividade da evolução, aos animais.

Ora, todos os grandes feitos foram realizados por grandes homens com grandes ambições e grandes loucuras, homens que não raramente se desumanizavam diante de certos valores para se humanizar frente às mais fervorosas glórias. A vida e a evolução se dão pela luta dos que perderam e querem vencer e os que venceram e não querem perder o posto de vencedor. Sócrates e Jesus negaram essa realidade em nome dos fracos e oprimidos, protegiam os mansos dos ousados e por vezes valorizaram uma justiça injusta em prol da força, exaltaram virtudes típicas de perdedores como dar-se pelo coletivo, abnegação e aceitação de inferioridade.

Um tradicional ensinamento dos pais ao filho, que se aventura em uma competição, é logo dizer “O importante não é vencer,meu filho, é competir”, me deixa indignado tamanho absurdo, se assim fosse não haveria posto de vencedor, todos apenas competiriam como um bando de otários por mérito algum. Quando é feito algum elogio por terceiros: “você está bonito”, “você é muito inteligente”, logo vem a resposta medíocre “Não, o que é isto, não sou tanto assim!”, fala de perdedores! Porque não valorizamos a nós mesmos como nos belos tempos gregos? Tempos quando dignos valores eram relevados, exaltação da força, da criatividade, do orgulho exacerbado, do exagero, onde os limites do homem eram testados e desafiados, do entreguismo, da sede de poder, da ânsia por ser mais do que o resto, mais inteligente, belo, forte, rico, por ser sempre mais.

Termino essa exposição com um apelo, não para que joguemos todos nossos valores modernos fora e que esqueçamos da ética e do respeito, mas para que possamos refletir sobre essa pseudomoralização que assombra nossos tempos com conceitos que negam nossa essência real de ser. E a esse apelo junto uma frase do próprio Nietzsche que expressa claramente meu sentimento nesse instante e ao questionar tudo isso, "Deus está morto. Viva Perigosamente. Qual o melhor remédio? - Vitória!"

Netto Rodrigues